
Correspondence
De Álvaro Pinto a Teixeira de Pascoaes, 6 de Janeiro de 1914
Álvaro Pinto, in Antologia epistolográfica de autores dos sécs. XIX e XX, Lurdes da Conceição Preto Cameirão, Bragança, Instituto Politécnico de Bragança, 1999, p. 114.
Álvaro Pinto pede a confirmação de Teixeira de Pascoaes para a publicação de uma nota de redacção rejeitando o saudosismo como "base essencial" da Renascença Portuguesa.
De António Sérgio a Raul Proença, s.d. [Dezembro de 1911?]
António Sérgio, Espólio de Raul Proença, E7/18, BNP.
Acerca das secções "Revista das Revistas" e "Notas e Comentários", de A Águia, bem como da realização de inquéritos junto de especialistas. Outras iniciativas de apoio a esta revista e à Renascença Portuguesa.
De António Sérgio a Teixeira de Pascoaes, s.d. [Dezembro de 1912]
António Sérgio, Espólio de Raul Proença, E7/93, BNP.
Carta relevante, longa e afável acerca do saudosismo, tido como contraproducente face às finalidades estatutárias da Renascença Portuguesa. A. S. reage aos editoriais de Teixeira de Pascoaes na Águia, de imediato e em privado, vários meses antes de os seus argumentos serem tornados públicos.
De António Sérgio a Raul Proença, 1 de Outubro [de 1913]
António Sérgio, Espólio de Raul Proença, E7/151, BNP.
A. S. agradece as sugestões de Proença para a conferência no Rio de Janeiro sobre a Renascença Portuguesa, mas indica ter decidido dirigi-la para o problema da cultura. Insiste na publicação das Epistolas aos Saudosistas e deixa cair a Humilde Súplica.
De António Sérgio a Raul Proença, s.d. [Setembro de 1921]
António Sérgio, Espólio de Raul Proença, E7/74, BNP.
A. S. concorda com Jaime Cortesão quanto à necessidade de A Águia deixar de ser produzida no Rio de Janeiro e voltar a sê-lo em Portugal. Considerações acerca do projecto da Seara Nova e da possibilidade de, em alternativa se tomar conta de A Águia e proceder à sua remodelação.
De Jaime Cortesão a Teixeira de Pascoaes, 10 de Agosto [de 1911]
Jaime Cortesão, Espólio de Teixeira de Pascoaes, F.5516 D3/119, BNP.
Cortesão responde de modo positivo à sugestão, por parte de Pascoaes, de convocar uma reunião de um "grupo organizador, iniciador". Refere, como presenças imprescindíveis, Leonardo Coimbra, Raul Proença e Cristiano de Carvalho.
De Jaime Cortesão a Teixeira de Pascoaes, 1 de Setembro de 1911
Jaime Cortesão, Espólio de Teixeira de Pascoaes, F.5516 D3/122, BNP.
Considerações acerca do rascunho de programa da Renascença Portuguesa. Cortesão explicita a necessidade de inscrever a arte como esteio conceptual da associação, contribuindo para elevar, deste modo, o nível das práticas e do discurso públicos.
De Jaime Cortesão a Teixeira de Pascoaes, 22 de Setembro de 1911
Jaime Cortesão, Espólio de Teixeira de Pascoaes, F.5516 D3/123, BNP.
Cortesão dá notícia da rejeição do manifesto escrito por Pascoaes, em particular a menção ao "ressurgimento da raça". A nomeação de José de Magalhães, para director científico, e de António Carneiro, para director artístico, pelo contrário, reunem consenso.
De Jaime Cortesão a Teixeira de Pascoaes, 11 de Setembro de 1912
Jaime Cortesão, Espólio de Teixeira de Pascoaes, F.5516 D3/128, BNP.
Cortesão comenta os recentes embates com vários intelectuais, entre os quais Adolfo Coelho, Gomes Leal e Júlio de Matos, sugerindo uma tomada de posição conjunta da revista. Refere, ainda, progressos entusiasmantes na sua investigação acerca do "espírito lusitano".
De Teixeira de Pascoaes a Álvaro Pinto, 8 de Setembro de 1911
Teixeira de Pascoaes, in Ocidente, Vol. XLIV, nº 178, Fevereiro de 1953, pp. 48-51.
Algumas considerações acerca do manifesto escrito por Pascoaes e confiado a Cortesão e Álvaro Pinto, para ser exposto na reunião da Renascença. O poeta explica a necessidade profissional de permanecer em Amarante e comenta que a sua ausência no encontro pode ser preferível, para "não ferir susceptibilidades".
De Teixeira de Pascoaes a Álvaro Pinto, 24 de Setembro de 1911
Teixeira de Pascoaes, in Ocidente, Vol. XLIV, nº 178, Fevereiro de 1953, pp. 48-51.
Pascoaes lamenta as modificações acordadas na reunião da Renascença decorrentes do "deslumbr[e] pelo falso fulgor que vem das nações da Europa", que recusa a especificidade e originalidade civilizacionais de Portugal. Informa, ainda, que aceita o cargo de director literário de A Águia.
De Teixeira de Pascoaes a Teixeira Rego, 9 de Janeiro de 1917
Teixeira de Pascoaes, in O Tripeiro, 7ª Série, nº 1, Janeiro de 2005, pp. 4-6.
Pascoaes explica a sua demissão de director literário de A Águia, indicando o pouco valor actualmente atribuído pela direcção da revista à sua opinião e aos seus contributos. Declara, no entanto, que permanece apoiante resoluto da Renascença Portuguesa.